Parabéns à Aluna Marina Iurkiv, aprovada em Direito nas universidades UFPR, UP, PUCPR e UniCuritiba, você é Orgulho Marista.
“Durante as aulas de segunda fase de filosofia, aprendemos muito sobre um filósofo chamado Jürgen Habermas, cuja teoria levaria cerca de quatrocentas páginas para ser explicada (ainda mais se você é como eu, que não tenho facilidade para humanas apesar do curso que escolhi), mas em um resumo mal-feito, ele acredita que a solução para os males da sociedade é a conciliação entre princípios religiosos e saber.
Em 15 anos de Marista, eu fui privilegiada com um ensino acadêmico impecável, vindo de professores inspiradores, mas eu não seria nada sem a formação humana proporcionada por todos os funcionários desse colégio, o tornando cada vez mais acolhedor.
Meu Terceirão não foi tão “ão” assim. Estive na escola apenas de junho a novembro e, sem brincadeira, passei na escola no primeiro dia que tinha chegado dos Estados Unidos (quem precisa descansar de 14 horas de voo quando se tem festa junina?), e desde o primeiro momento me senti acolhida. Me senti em casa (ainda bem, porque nesse semestre eu passei mais tempo na escola do que na minha própria casa).
E logo que cheguei, entrei naquele ritmo – determinada a passar. E isso não teria sido possível sem todo o apoio proporcionado por professores e colegas, e não me refiro apenas ao apoio acadêmico, mas também ao emocional, que foi tão importante quanto, senão mais.
E lá estava eu, dando risada do ótimo inglês do Paulinho, mas aprendendo química orgânica numa velocidade extraordinária.
Lá estava eu (e todo o Batel) acordando com o “bom dia” nada escandaloso do Jair, mas também sabendo tudo sobre a crise dos mísseis.
Lá estava eu, tirando sarro da altura da Eliane, mas devendo minha vaga na UFPR às suas aulas de redação (e claro, às aulas da Sharmila e Thalita também).
Lá estava eu, imaginando como a vida seria melhor com umas pamonhas a mais, e aprendendo tudo sobre o esclarecimento kantiano graças ao Edvan.
É, as longas tardes estudando teriam sido bem piores se não fosse graças ao Raul, Karla, Cláudio e Rodrigo. Aliás, ainda não aprendi análise combinatória, Claudião.
E entre discussões políticas com o Lucas, tardes intermináveis com a Denise, acertos de conteúdo da Federal do Sergião (que bom que estudei a Conferência de Bandung), reflexões de vida com a Mariah e aulas chatas de botânica com o Coraiola, eu posso dizer que conteúdo para o vestibular eu assimilei, mas o afeto proporcionado pelos professores é algo muito mais importante.
Mas afinal, o que é ser do Terceirão Marista?
É saber que seus professores reconhecem sua ansiedade e te levam para desestressar correndo e pulando obstáculos, se sujando de lama num domingo de manhã.
É poder almoçar com seus professores porque você não é “só mais um” sentado naquelas salas de aula, uma amizade foi formada.
É não abrir mão de projetos de voluntariado, mesmo quando você já está formado.
É ficar feliz com as conquistas de seus colegas como se fossem as suas.
É conseguir passar em Direito na UFPR estudando por apenas quatro meses.
É guardar cada momento no coração, e saber que as memórias e laços de amizades são muito mais importantes que qualquer aprovação.
É ser tão grata por todos a sua volta que chega a ser inexplicável.
Pois é, Edvan. Acho que enquanto o mundo não seguir as ideias de Habermas, pelo menos temos o Marista.”